segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Linhas antigas II



( alguns parágrafos que não seguem bem uma linha cronológica entre si... nem minha mente o faz, ao escrever! Também de maio de 2009)


Artimanha diabólica: Os pequenos pecados, (se é que existe distinção de lama e sangue que suja nossas vestes) geralmente vão sendo cometidos no oculto, por trás da manutenção de uma imagem de santidade e retidão. Quando caímos é preciso percorrer o caminho bíblico que é se arrepender, abandonar o pecado e confessá-lo para sermos sarados. O diabo ataca aí o nosso orgulho. Não queremos reconhecer os erros pensando na nossa reputação. Bobagem! O cristão abre mão de sua reputação no dia em que aceita Cristo como seu Senhor e Salvador. Como não há a confissão não somos sarados e as brechas não são fechadas; logo, mais cedo ou mais tarde caímos em pecados da mesma natureza.
Como ovelhas somos entregues ao matadouro todos os dias. Você percebeu essas últimas três palavras que leu? Leia novamente: todos os dias. A cada instante temos à nossa frente oportunidades de honrar Aquele a quem nos entregamos um dia ou cair. Essa queda muitas vezes é gradativa. Não lutamos contra um inimigo burro. Você cede hoje a uma tentação achando que é uma coisa simples, meio nada a ver e tal. A noite vem, amanhece e como nenhum “raio cai dos céus sobre sua cabeça” ou não é “escrito na sua testa a palavra pecador”, o inimigo vai te enganando e consegue gerar fortalezas na sua mente. Um passo para o abismo hoje, outro maior amanhã e quando você percebe a beleza e os prazeres do caminho firmaram o foco das suas atenções, e agora você está no abismo, mesmo sem perceber que se direcionava à ele. Você caiu, e parece tão alto, impossível escalar o caminho de volta.
O Senhor é longânimo e tardio em se irar. A vontade permissiva Dele é um dos mistérios inescrutáveis! Ele permite que sejamos tocados mesmo sabendo que vamos pecar; permite por ver além. Alguns precisam sentir a dor e vergonha para abominar o pecado ou a potencial nova queda. Outros caem e não voltam. É inescrutável.
Em Provérbios lemos várias vezes sobre a necessidade de fugirmos das paixões da mocidade porque são vaidade, passam e causam um estrago imenso em nós. O jovem tem um desejo enorme de fazer parte de um grupo, de conseguir uma espécie de apoio que o respalde nesse novo mundo no qual ele está sendo lançado. A idéia de grupo alude a proteção, força, segurança (aparente). “Se todo mundo faz, deve ser algo normal e sem consequências desastrosas. Fazendo vou se aceito.” Essa é uma idéia inconsciente dos jovens. Olham ao seu redor e se esquecem do compromisso de separação, do chamado para ser louco diante desse mundo. Até mesmo os jovens cristãos que nunca se desviaram de fato já tiveram essa questão em mente ao menos uma vez na vida. Não caíram por responderem corretamente. Aquele de nós que nunca falhou, nunca viveu.
Paixões da mocidade. Quão vasto é o quadro de exemplos delas. Há coisas que priorizamos quando jovens e que se tornam até mesmo ridículas quando amadurecemos. “Como eu pude fazer minha vida girar em torno disso, meu Deus!?” Uma corrida louca seguindo a moda e acumulando roupas e acessórios que serão ultrapassados pelas próximas tendências; horas no secador e com quilos de maquiagem; excesso de gel no cabelo; horas observando freneticamente homens disputando uma bola com os pés; necessidade de ser popular ou de arrebatar o maior número de corações possível; busca contínua de sentir o breve prazer de um beijo após outro... Fujamos das paixões da mocidade. Quais são as suas? Elas são superficiais e causam profundas perdas.
Pensamos muito mais nos amigos do que no Amigo. Isso pode render anos de aparente proveito e felicidade, mas tem um fim já condenado, de ruína. O que o mundo dita é agradável sim porque é segundo a carne. É projetado justamente para nos atrair. Se não fosse bom aos nossos olhos a tentação não seria potencialmente eficaz sobre nós.
“Ah, mas por que é tão difícil? Que Deus masoquista é esse?” Quem nunca deixou a alma governar por instantes e se questionou nesse sentido? Difícil é, isso é fato real. Mas vamos tentar elabora tudo sinteticamente desde o início: Fomos criados para substituir a terça parte dos anjos que caíram com Lúcifer. Fomos chamados para adorar. O diabo errou uma vez e perdeu tudo, nós erramos diariamente inúmeras vezes e a resposta de Deus pra nós é o perdão, o amor incondicional, o renovar diário das misericórdias! Aleluia! Agora pense pelo lado do diabo: destituído, com um final já determinado de derrota, vendo aqueles que foram gerados para substituí-lo, derrotando-o a cada dia, e recebendo amor e perdão ilimitados, chamados para serem como Cristo, isso já sendo constituídos à Sua imagem e semelhança. Esses homens ainda são hóspedes de seu mundo. Raiva? Sim, ele tem raiva de nós. Mas maior é O que está em nós do que ele. E andando com Deus em verdade, na plenitude do que Sua palavra ensina, tomamos posse do que somos: “hóspedes intocáveis”. Glória a Deus!
Uma breve pausa pra analisar a palavra adoração. Quanto tempo você já se deteve pra observá-la? ADORAÇÃO. Vamos separá-la em três partes, assim como Deus e nós somos formados por três partes: A(gramaticalmente se refere a negação) ; DOR (é o que produz na nossa carne, que milita contra o Espírito); e AÇÃO (requer de nós atitudes, atos que vão além das palavras ditas ou cantadas). Você tem vivido a essência da adoração? A sua vida tem cantado a Deus, além do que você fala, pensa ou faz? Em que sentido é o seu levantar de mãos? Os olhos do Pai estão sobre a terra a procurar adoradores, que O adorem em Espírito e em verdade e esses três passos acima, são necessários.
Encare o grau de dificuldade as nossas vidas como oportunidades de honra e louvor. Quanto mais difícil maior a renúncia, maior a mortificação da nossa carne, maior a quantidade e qualidade do incenso que sobe a Deus. É necessário morrer para que Cristo viva em nós. O nosso mais difícil não se compara ao que Ele suportou por nós. Ele não pediu nada me troca, nos amou primeiro. É a gratidão que precisa transbordar em nós a fim de nos constranger mediante o Espírito e nos levar a render tudo a Jesus. Ser salvo não nos custou nada. Ser discípulo nos custa tudo. Tudo.
Deus nunca disse que a jornada seria fácil, mas garantiu que a chegada valeria a pena. (Max Lucado). Vai valer a pena!

Um comentário:

  1. Vita, que lindo!!!!Edificou muito a minha vida!! Louvo ao Senhor Deus por sua vida.

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