domingo, 31 de julho de 2011

O amor

O Livro de Cantares relata a história de amor entre Salomão e a Sulamita, mas também é o retrato do amor de Cristo por/com sua Noiva.
Gostaria de falar sobre um versículo que se repete 2x ao longo da narrativa.

Ct 3:5 e 8:4
(diferentes traduções)
“Mulheres de Jerusalém, eu as faço jurar: Não despertem nem incomodem o amor enquanto ele não o quiser.”
“Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, pelas gazelas e cervas do campo, que não acordeis, nem desperteis o meu amor, até que queira.”

Interpretando como a voz da Sulamita temos que: Ela vive e compreende a força da plenitude do amor criado por Deus para ser vivido no tempo certo e com uma única pessoa. Um amor: que é forte como a morte, e duro como a sepultura o ciúme; as suas brasas são brasas de fogo, com veementes labaredas. As muitas águas não podem apagar este amor, nem os rios afogá-lo; ainda que alguém desse todos os bens de sua casa pelo amor, certamente o desprezariam. (Ct 8: 6e7).

Há quem diga que o ciúme está na incerteza quanto a Deus ter te entregado ou não uma pessoa. Porque, se há a certeza, ninguém separa o que Deus une. E como são amargos os frutos do ciúmes nos relacionamentos precoces e fora do prumo e propósito de Deus!

Fogo na bíblia diz de purificação. As ofertas e sacrifícios eram queimados; “Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas.” (Ap 3:18). O que nos enriquece em Deus é sermos provados e trabalhados para nos tornarmos um Noiva sem mácula, com vestes brancas e visão do Reino. Já o fogo profano dos relacionamentos fora da aliança de Deus, conduzem ao pecado e à prostituição; as vestes são manchadas, a visão é bloqueada e a vida espiritual acaba sendo empobrecida, uma vez que o Poderoso Deus foi trocado por um beijinho ou por um abraço que supriu momentaneamente as carências carnais.

Colocando esse versículo como a voz da Noiva de Cristo, temos uma exortação para que as filhas de Jerusalém (os cristãos), não despertem o amor antes do tempo, antes que o Pai o queira, nem antes que elas mesmas o queiram, com toda responsabilidade desse despertar: casamento. A bíblia não fala de namoro porque não existia namoro. As pessoas ou se casavam ou se prostiuíam!

Como Noiva, como igreja, Cristo nos leva a exortar e abrir os olhos das filhas de Jerusalém a não se entregarem às paixões e a não contaminarem seu coração, alimentando desejos carnais (alma) e enfraquecendo o espírito. Todo pecado resulta em prostituição, pois toda espécie de pecado possui uma entidade maligna que o governa, e, quando você peca, você se prostra diante desse demônio e se prostiui, porque a Bíblia é bem clara ao dizer: Não terás outros deuses diante de mim. (Ex. 20:3).

É muito difícil admitir que aquilo que ‘nos faz bem’ é pecado. O que agrada à nossa carne é bom pro nosso EU e somos ótimos em justificar o nosso pecado, dizendo que não tem nada a ver, que é normal, e que Deus não acha ruim o que fazemos. É justamente por ser ‘bom’ que a Bíblia fala de entrega de sacrifício! Custa caro. É crucificar nossas vontades, renunciar ao que o mundo acha normal, ao que nós mesmos achamos normal. A mente de Cristo deve substituir a nossa!

Que o Espírito Santo te constranja e te mostre tudo aquilo que precisa ser renunciado. Cada vez mais cedo as pessoas tem se entregado às paixões e se aliançado emocionalmente com várias pessoas, dividindo um coração que deveria ser entregue a apenas uma pessoa. “Pra que morder um sanduíche, mesmo com fome, se você não pode mastigar nem engolir pedaço algum?’ Pra que se entregar a alguém hoje se você só pode assumir um casamento daqui uns 10 anos? O entendimento do 'para sempre' tem sido cada vez mais distorcido e banalizado.

Ec 3:1:  Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.
Deus não é irresponsável. Ele libera sobre nós tudo a seu tempo. Se nos faz sofrer ou se ‘nada coopera’, é porque estamos insistindo no erro. Primeiro vem a capacitação, para depois podermos agir. Não pule as etapas do processo do Pai para a sua vida. Voltar atrás para viver corretamente etapa por etapa é muito mais difícil do que esperar e viver tudo a seu tempo agora. A benção fora do tempo, se torna maldição!

terça-feira, 28 de junho de 2011

Lastimáveis equívocos


Já a algum tempo tenho meditado sobre um assunto um tanto delicado. O que vou expor aqui é uma concepção pessoal, não detentora da verdade absoluta e carente de auxílio e conciliação com outras posições, caso você se disponha a compartilhar o que pensa após ler.
No decorrer da história da igreja se tem restringido a vocação, o chamado e o serviço cristão, aos que são “pagos” por uma igreja local, isto é os que de “tempo integral” atuam numa igreja e ou numa em organização cristã. Se tornou uma profissão. Claro que é necessário que haja recursos financeiros para que se dê a  própria manutenção da vida e da família. Esse não é ponto a ser discutido.
Como seres humanos com uma natureza caída, um coração enganoso e um ego que nos ‘protege’ e ainda sim nos faz parecer ‘certos’ aos nossos olhos, tendemos ao erro.
Tenho o desejo por missões no meu coração. Estar fixa numa congregação local não é o que move meu coração em relação aos planos para uma vida em Deus. Mesmo que uma ‘base’, um ‘porto’ local de interseção e submissão sejam sempre indispensáveis.
A questão é que fui pega em uma concepção equivocada, uma motivação distorcida que me levava a almejar missões. Na vida missionária eu não precisaria ‘adquirir bens’ e neles me firmar, como casa, carro, etc.; os missionários geralmente abrem mão de tudo e não possuem residência fixa, muito menos domicílio (residência, juridicamente, diz do local de habitação, e, domicílio diz de propriedade, de ser ‘dono da casa’). Numa visão capitalista, é um alívio. Indo a outra nação, deixa-se para trás o contexto. ‘Não dá pra ser pai de multidões em Ur’. Geralmente, o local onde nascemos e crescemos representa descrédito, porque quem nos conhece realmente, sabe ‘a meleca que somos’ e não nos incentiva ou acredita muito em nós. (Ainda bem que DEUS é quem faz e não se limita ao que somos ou podemos).  
É verdadeiramente confortante para nós pregar o evangelho a pessoas que não nos conhece nem se levantam nos lembrando todo o histórico da nossa vida sem Deus. É mais cômodo pregar para quem não possui um certo juízo de valor para nós. Nossa casa é um terreno árduo quanto a conquista porque nos conhece e nos ‘vigia’ em todo o tempo, nos mostrando quem somos ‘sem a couraça de cristão transformado’. Quiséramos nós atravessar as 24hs de todos os dias sem tropeçar na nossa velha natureza! Mesmo que bem pouco e em níveis pequenos, acabamos por tropeçar, e isso nos é apontado como ‘falha’ por quem nos cerca.
Um pouco mais fundo, uma vida onde Deus é o principal e Sua obra a prioridade máxima, encontramos a ‘brecha’ para justificar certos lapsos pessoais. Se dedicar ao Serviço do Senhor nos concede a idéia de que não podemos ser questionados, uma vez que estamos agradando a Deus e sendo legítimos em nossa atuação. Toda exortação quanto à nossa vida pessoal e agir tende a ser vista, ou recebidas por nós, como ‘ataques malignos’, ‘retaliações’ e coisas do tipo. Nos enchemos de nós mesmos nos tendo como servos bons e fiéis que se esforçam e caminham certo mesmo que ninguém nos entenda. Essa é uma realidade. Mas confundimos os que são sábios da mesma forma que confundimos a nós mesmos. Toda pronta auto justificação é trapo de imundícia para Deus.
Não estou depondo contra missões ou serviço integral a Deus. Minha intenção é pontuar e atentar para uma distorção sorrateira que surge e nos laça. Somos exímios na auto-proteção. Dizer que somos servos e que só Deus importa é um escudo contra toda e qualquer eventual ‘reclamação’. Se uma pessoa reclama, é porque ‘ela não está em Deus’. O plano de Deus é restaurar TODAS as áreas da nossa vida. Se abrimos mão de coisas e deixamos áreas em segundo plano, não significa que não tenhamos responsabilidades com elas diante do Pai, e que haja posterior prestação de contas. 
Um dos pontos que quero abordar é a renúncia daquilo que nos convém, mas que expomos como algo que 'custa' diante de Deus. É muito fácil renunciar àquilo que não estamos dispostos a lidar ou resolver. Abrimos mão porque o processo de tratamento revelaria parte da nossa podridão. É muito cômodo relegar a segundo plano o que nos custa e requer posicionamento de mudança e transformação. O modelar de Deus dói, e espiritualisamos demais nossa fuga desse modelar. Sou contra o discurso; "Deus me colocou exatamente onde eu não queria estar"; Deus não é masoquista e tem planos de paz a nosso respeito. A nossa alegria está onde está o nosso propósito e chamado. Há completude no nosso espírito quando estamos alinhados com a vontade de Deus. (se não ficou claro, explico depois).
É um assunto complexo e delicado. Talvez eu volte a escrever com mais clareza (após ministração de maior entendimento da parte do Espírito), mas é algo que tem me incomodado nesses dias.

A obra de deus não nos ‘livra’ das responsabilidades em sociedade.
Por esta razão também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo sempre a isto mesmo. Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra. A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei. Romanos 13: 6-8
Não nos remete a uma única espécie de atividade
E eis que aí tens as turmas dos sacerdotes e dos levitas para todo o ministério da casa de Deus; estão também contigo, para toda a obra, voluntários com sabedoria de toda a espécie para todo o ministério; como também todos os príncipes, e todo o povo, para todos os teus mandados. 1 Crônicas 28:21
Antes de governar na igreja, o homem tem que governar em sua própria casa:
“É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher… e que governe bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito (pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como governará a Igreja de Deus?)” 1 Timóteo 3.2a,4-5

Ministério

Achei interessante e quis postar.

As dez declarações sobre o ministério:
01. O fundamento do ministério é o caráter.
02. A natureza do ministério é o serviço.
03. O motivo do ministério é o amor.
04. A medida do ministério é o sacrifício.
05. A autoridade do ministério é a submissão.
06. O propósito do ministério é a glória de Deus.
07. As ferramentas do ministério são a Palavra de Deus e a Oração.
08. O privilégio do ministério é o crescimento.
09. O poder do ministério é o Espírito Santo.
10. O modelo do ministério é Jesus Cristo.

[Warren e David Wiersbe, “Making sense of the ministry” (Captando o sentido do ministério)].

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Papai



Meu pai nunca me viu por causa de um glaucoma que tirou sua visão. Mas ainda não encontrei olhos tão atentos quando alguém sabe que estou por perto, chamo ou vou chegar. Olhos que brilham todo orgulhosos quando alguém me faz um elogio e que brilham mais ainda quando ele mesmo o faz. Saio de casa nas segunda com um abraço, um beijo e um ‘Deus te proteja e te traga de volta’, e na sexta sou recebida com outro abraço, bem mais alegre e um ‘graças a Deus’.
Ele sempre esteve nas minhas peças da escola e eu o via mover a cabeça na direção em que vinha o som da minha voz, e sorrir. Sempre se deitava na minha cama e contava as mesmas histórias até que eu adormecesse; 'o caso da onça'.
Alguém que sempre me chamou de ‘querida’ e que nos últimos anos tem me chamado de ‘amor’. Tão bom ligar pra casa quando ele atende. Tão preocupado com o que se passa, com o que preciso, como estou, se já jantei ou comi a ‘banana do dia’ pra manter minha saúde.
Um cuidado que sufoca às vezes, confesso. O tempo todo atrás de mim querendo sair pra comprar o que eu quiser comer, porque ele se preocupa com meu pouco peso. Ninguém é tão próximo a mim na minha casa. Nós dois nos entendemos, temos nossos segredos. Não que ele despreze minha irmã, mas um dos ‘segredos’ que ele me diz é que sou o que ele tem de mais valor.
Esses dias eu estive triste, chorando no meu quarto. Quando minha mãe contou pra ele, ele foi até lá perguntar o que ‘estava me chateando’. Respeitou meu silêncio e não ficou insistindo por uma resposta. Quando, mais tarde, ouviu a porta do meu quarto abrir, abaixou o rádio e me chamou. Me propôs um ‘passeio’ pra que eu me sentisse melhor; me ofereceu sorvete. Meu pai não toma sorvete. Não sabia como agir na situação e ofereceu o que achou ser melhor, sua companhia. Ele apenas queria ver a garotinha dele feliz...
Nem a soma de tudo o que eu poderia vir a fazer, poderia servir pra agradecer a Deus por ter escolhido tão bem o meu pai!
" Você não sabe mas a primeira vez que vi meu Deus, foi em seus olhos, quando eu precisei e você esteve ali."

terça-feira, 31 de maio de 2011

Desprezo e orgulho


          
       É muito mais fácil elaborarmos a perda de algo que não possui valor. Os mecanismos do nosso (in)consciente são realmente ativos e eficazes nas tentativas de nos privar das conseqüências advindas de perdas e danos.
            Somos exímios em desmerecer pessoas, coisas e situações. Por quê? Simples. Uma das grandes barreiras que se interpõem entre o trabalhar de Deus em nós e os frutos do Espírito manifestos na comunhão é o ‘orgulho’. E como reconheço em mim mesma um instinto pronto em defender minhas razões e colocações próprias, passando por cima de tudo e todos, quando sinto meu orgulho atacado. Quando nos sentimos ameaçados ou diminuídos algo em nós faz um movimento instantâneo no sentido de auto-defesa e justificação buscando tornar público e notório o ‘valor’ que possuímos.

“Um pouco de desprezo economiza bastante ódio.” (Jules Renard)

            Já que o ódio é condenável à luz de Deus e diante dos homens, escolhemos desprezar. Desprezando situações e nos convencendo de que há várias razões plausíveis que nos levem a não valorizar atos que nos foram ruins, mostra a dificuldade humana em reconhecer os golpes que recebe e se deixar ver frágil e suscetível frente ao próximo. Buscamos aprovação e reconhecimento, reforçamento de quem nos cerca; e quando vem a crítica e repulsa, nos vestimos com a couraça de ‘crentes que não se deixam atingir’. A raiz de amargura e de ofensa fica bem escondidinha, debaixo da terra mesmo... tão grande quanto não se pode dimensionar e sugando cada vez mais a alma de quem a negligencia. Dizer que está tudo bem apenas por dizer ou maquiar situações com palavras me remonta à imagem do sepulcro. O mármore, grama, estátuas e flores mascaram a putrefação, o motivo real do túmulo – esconder e conter a feiúra e podridão da decomposição.
            E uma ‘boa’ forma (ao menos na perspectiva da natureza podre e caída do homem) de fazer saltar aos olhos o nosso valor é procurar diminuir o brilho dos ‘valores’ que nos cercam. Algo realmente contrário à realidade do modelo de Cristo. Nos esforçamos muito pra manter uma imagem e uma idéia de valoração e inatingibilidade, chegando ao ponto de conseguir fazer com que as Escrituras nos respaldem e nos digam que estamos certos. Isso porque a interpretação da Bíblia é sempre atravessada pelo desejo e distorções pessoais; daí a necessidade de um estudo e aprofundamento em conjunto com o corpo e, acima de tudo, com a revelação e discernimento vindos do Espírito. 
            O preceito bíblico é “Ame o próximo como a ti mesmo” mesmo dentro de uma sociedade competitiva onde cada um procura sempre se superar frente aos outros. O que temos feito é super valorizado a nós mesmos e diminuído o próximo.
            Ao não levar em conta, não fazer caso, desconsiderar, recusar ou abandonar demonstramos a inversão humana, a atração pela destruição. Num âmbito mais amplo, a inversão se manifesta através de valores e estilos de vida invertidos. Por que tantos chamados a desacelerar na busca pelos próprios interesses, parar pra olhar pra Deus e então perceber o outro como próximo? Por que tantas exortações acerca da necessidade de andar juntos em amor e viver como o Corpo proposto por Jesus? Porque temos vivido de forma invertida e contrária à palavra de Deus e ainda sim nos achando certos e ‘dignos de alguma condecoração’ por sermos bons cristãos!

“O Senhor é bom e tem satisfação em acalantar, Ele é descrito nas escrituras, por exemplo, como El Shaddai, o DEUS que é suficiente para suprir todas as necessidades dos seus. “Shaddai” no hebraico tem raiz na idéia/palavra peito e transmite justamente a idéia de acalantar. Ele nunca exclui, mesmo quando teve pedagogicamente que “desprezar”, por exemplo Caim, como errante em Gênesis 4, quando a presença amorosa de Deus, o seguiu e o protegeu” (Pellegrini, 2008).

            O padrão de Deus é a aceitação. Cristo nos amou primeiro, estando nós ainda numa forma que só trazia separação entre nós e Sua santidade. O próprio Deus ‘desviou o rosto’ de Jesus quando, na cruz, todo o nosso pecado esteve sobre Ele. (interpretação para a exclamação de Jesus: E, à hora nona, Jesus exclamou com grande voz, dizendo: Eloí, Eloí, lamá sabactâni? que, traduzido, é: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Mc 15:34 - Jesus, naquele momento, não mais sentiu a presença e proximidade de Deus, sempre tão reais em toda a sua estadia nessa terra). 

            Hora de assumir nosso erro, procurar o retorno ao caminho correto, sofrer as perdas e danos necessários, e, prosseguir.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

A Turma de Jesus


Um pouco do que o Pr. Ariovaldo Ramos compartilhou na Conferência Livres 2011.

Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; Mateus 16:18

            No texto, a pedra de edificação da igreja é a revelação de Pedro quanto a Jesus: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. (Mt 16:16).
            Portas falam de defesa. Ninguém usa uma porta para atacar ninguém! Na época medieval os castelos eram cercados por muros e as vias de acesso se davam pelos portões, que muitas vezes, ao baixados, viravam uma ponte.
            Ao dizer que as portas do inferno não iriam prevalecer contra a Igreja, Cristo estava dizendo que toda resistência maligna não era páreo papa nós. Nós estamos no ataque! Jesus é o nosso general e nós é que saqueamos o inferno e tomamos das garras do príncipe desse mundo as almas. Nós atacamos e eles, os demônios, se defendem! E não o contrário!
            A igreja se acostumou a estar muna posição de defesa frente a vários ataques se colocando numa posição de ‘coitadinha’ e ‘desprotegida’. Deus não é preso na questão do tempo, nem se limita a ele. Para Ele o diabo já está derrotado e inativo! Aleluia!
            Somos nós que ditamos as regras. Somos boca de Deus para as nações e não há nada que permaneça de pé ante a glória e Palavra Dele.
            O diabo está nas trevas, não vê um palmo diante dos seus olhos. Usa sempre as mesmas estratégias falidas. Nós é que atribuímos erroneamente poder e autoridade a ele. Muito melhor ser servo na Luz do que príncipe nas trevas! Estamos em uma condição infinitamente melhor que a dele!
            Nós somos da turma de Jesus! Turma que de 11 gatos pingados (já tirando Judas da jogada), passou para 500 em pouco tempo. Entre Jesus aparecer aos apóstolos depois da crucificação e a vinda do prometido consolador, levou cerca de 10 dias... dos 500, restaram 120 que não seguraram a barra. Mas mesmo assim, de 11 vieram 120 que levaram o evangelho por todo o canto! Foram eles que pregaram e disseminaram o evangelho. Hoje a turma de Jesus cresceu! Se 120 fizeram proezas, que dirá toda essa turma que existe hoje! Basta começarmos a agir e responder ao IDE, falando, pregando e profetizando ás nações!
            Há muito mais que esse homem de Deus disse na Conferência. Aqui exponho aquilo que minha memória permite. Toda honra e glória ao único e digno Deus.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Além das palavras


            
Desde o Encontro Profético MCM (semana santa), uma oração em forma de canção, ou melhor, uma declaração, é repetida na minha mente e proferida pelos meus lábios: “Prosseguindo além das palavras em atos de justiça, nós iremos!”
            Tenho pensado muito nisso. Quantos de nós nos enchemos de um discurso fervoroso e animador que fica só nas palavras! Para mim toda palavra dita é um compromisso feito diante de Deus e dos homens. A Bíblia tem várias citações acerca da importância da palavra: ela pode trazer vida ou maldição e como flecha lançada, não retrocede. A questão de orações que suplicam a Deus que envie ‘anjos que recolham palavras no Reino do Espírito’ não será discutida aqui, embora lembrada como real.
            Toda Palavra procede da boca de Deus. Cristo é o verbo que se fez carne. Verbo fala de ação. Deus falou e Cristo agiu, foi. Se somos co-herdeiros com Cristo, adotados como filhos por Deus e temos em Jesus um modelo a ser seguido, nos cabe ser como Ele: agir e ir, ser. Jesus disse para rolarem a pedra do sepulcro de Lázaro, e rolaram. Deus disse ‘haja’ e houve. Deus já escreveu e sabe de todas as coisas, que executemos Seu plano e deixemos de nos (pre)ocuprar em falar e falar. Dele é a palavra!
            Nossa boca é instrumento de profecia e interseção sobre essa terra sim. Mas o que quero trazer com esse post é a necessidade de passarmos, como embaixadores de Cristo, das palavras para a ação, para os atos de justiça. Há tantas palavras e promessas sem vida e que trazem enfado e morte por não serem seguidas de atos.
            De Deus é a palavra, a nós fica o agir. Atos proféticos dizem de nossas ações diante do espiritual; não são apenas palavras proféticas. As palavras são importantes, mas são ineficazes se não houver um ato de cumprimento e justiça.
            Palavras são enganosas e vazias. Quanto ao discurso hipócrita do amor temos:
Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade.
1Jo 3:18
            Nossas palavras tem um poder e uma autoridade contra nós mesmos:
Mas, o que sai da boca, procede do coração, e isso contamina o homem. Mateus 15:18
            Ou a nosso favor:
Assim será a palavra que sair da minha boca: ela não voltará para mim vazia, antes, fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei. Is 55:11
            Como cristãos, uma das maneiras de expressarmos nosso caráter diante do mundo é através de nossas palavras. O sim sim, não não abrange tanto decisões quanto firmeza no que se diz. É tão simples quanto sério. Vai desde marcar algo com alguém e não ir ou não cumprir a não levar suas próprias palavras a sério, não as honrando. Tanto faz decepcionar alguém? Tanto faz deixar alguém esperando? Tanto faz prometer e se esquecer, ou melhor, ‘orar’ para que a outra pessoa esqueça? Cristo fez ou aprova tais coisas? Quantas coisas falamos em oração com o Próprio Deus e não cumprimos? Apenas nos esquecemos e achamos que vai tudo bem.
            De que vale um belo discurso que firma compromissos e nos dá ares de cristãos ativos e de acordo com o coração do Pai se tudo fica só na linha do visível aos olhos humanos? Nos importa mais deixar claro a outros que ‘estamos pretendendo fazer algo’ ou realmente fazer não pra impressionar ou adquirir aprovação humana, mas simplesmente para cumprir aquilo para o qual fomos chamados em Deus? Tantas questões não é?! Mas espero que elas o levem a ao menos refletir. Você está prosseguindo além das palavras ou ficando preso no limiar delas?
            Você diz que as ‘ações sociais’ precisam ser feitas, mas não me mexe. Você diz se importar com missões e povos não alcançados e não faz nada a respeito. Diz se preocupar com alguém mas não move uma palha para ir atrás dele (‘ pensei em você a semana toda e ia te procurar!’ – o ‘ia’ fica no vago e vasto espaço entre: você apareceu antes de que eu fosse, mas eu ia tá; afirmação egoísta e mentirosa, que visa promover a si mesmo).
Melhor é que não votes do que votares e não cumprires. Ec 5:5
Mais vale não fazer voto, que prometer a não ser fiel à promessa. Ec 5:5
É melhor não prometer nada do que fazer uma promessa e não cumprir. Ec 5:5
            Seja qual for a versão, a mensagem é a mesma.
            É uma árdua tarefa vigiar o cumprimento das nossas palavras, nos custa. Falamos demais e isso traz consequências. Que estejamos prontos a discernir antes de proferir. O ‘amém’ que concorda com o que é dito é importante, pra não dizer ‘perigoso’. Temos concordado com as coisas em Deus conscientemente ou automaticamente?
            Se eu que sou péssima e falha tenho me saturado de ouvir palavras vazias que não produzem vida por não serem manifestas em atos, e atos de justiça, quanto mais o Pai, que sonda corações e ouve todas as coisas. De que valhe a propaganda do que fazemos? Eu escolho fazer sem anúncios, sendo observada  e sondada apenas pelo Pai, o dono dos olhos que realmente importam!